A televisão que temos é a televisão que queremos?

Conheça as reflexões feitas para o Museu da Memória e Oralidades sobre a TV

A TV ontem (memórias), a TV hoje (reflexões) e a TV amanhã (proposições)

São setenta anos, desde a chegada da televisão no Brasil, trazida por Assis Chateaubriand, jornalista pioneiro, fundador da TV Tupi. Nesse ínterim, gerações foram formadas pela nossa gramática televisiva, que foi se formando e é hoje referência no mundo inteiro. Temos uma das maiores e mais potentes televisões do mundo. Mas ainda há muito o que ser aprimorado e revisto pelos conteúdos da televisão aberta brasileira, como se pode observar nos videodepoimentos a seguir, que trazem o olhar e reflexões de pessoas das mais diferentes gerações. Essas pessoas avaliam impactos de conteúdos televisivos em seu cotidiano, trazem memórias afetivas relacionadas à programas (considerando gêneros e formatos); grau de satisfação acerca dos conteúdos exibidos, inclusive entre os jovens; ampliação de oferta de conteúdo, com a quebra da tradicional grade linear de programação, como pressuposto para a manutenção e (re)conquista de audiências em tempos de comunicação digital; bem como o lugar da pluralidade, na perspectiva de diversidades, representações, construção colaborativa e participação popular, desde o âmago da criação dos conteúdos televisivos. São reflexões de ativistas e acadêmicos que se dedicam aos campos das diversidades e dos direitos humanos. Cada um, do seu lugar de fala, reflete sobre a televisão aberta brasileira, uma proposta do projeto de pós-doutoramento de Deisy Fernanda Feitosa, vinculada ao Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos e ao LabArteMídia, da Universidade de São Paulo. Veja (e escute) as reflexões.

1. Almir Almas – Professor (CTR-ECA/USP), pesquisador e cineasta

2. Ana Hikari – Atriz

3. Angélica Kalil – roteirista e escritora

4. Bruna Pereira – Professora (UnB) e consultora

5. Daniel Faria – Fundador da Orpas e empreendedor social

6. Daniel Lima – Artista

7. Jéssica  Paula – jornalista e escritora

8. Giselle dos Santos – Socióloga e consultora

9. Laerte Coutinho – Cartunista e chargista

10. Leona Jhovis – Atriz

11. Lyara Oliveira – Artista audiovisual, professora e pesquisadora

12. Maurício Gonçalves – Professor universitário

13. Nádia Pereira – Historiadora e consultora

14. Naine Terena de Jesus – Professora (FACC-MT) e produtora cultural

15. Negro F. – Designer, grafiteiro e pres. da Nação Hip Hop Brasil

16. Suzy Muniz – Artista, escritora e atriz

17. Teresa Teles – Historiadora, secretária (Diversitas/USP) e regente do Ilú Obá de Min

18. Léo Paulino Barbosa – Bacharel em Direito e ativista

Comunidade do Jardim Lapenna, distrito de São Miguel Paulista – São Paulo (SP)

O depoimentos do vídeo abaixo foram colhidos durante a pesquisa de campo que Deisy Feitosa, que resultou na tese de doutorado “A televisão na era da convergência digital das mídias. Uma reflexão sobre a comunicação comunitária.”  (2015). O vídeo foi produzido em colaboração com os jovens do coletivo Intermídia Cidadã, um projeto Fundação Tide Setubal, na época, sob a coordenação de José Luiz Adeve (Cometa). Contou ainda com o apoio direto das educadoras Andrelissa Ruiz e Kátia Ramalho.