Dona Nininha gosta muito de assistir novela, mas reclama das maldades dos vilões. Ela é enfática sobre o que não gosta na TV: “Fico triste de ver tanta barbaridade que se passa por aí, sequestro, estupro, tudo o quanto é coisa ruim … Eu não gosto, prefiro esquecer”.
Para ela, o programa policial do apresentador brasileiro José Luiz Datena é um dos que mais a incomoda.
Se tivesse um canal de TV, o conteúdo de sua programação já estaria quase definido: “No meu canal eu queria ver tudo de bom, as pessoas boas, fazendo o bem para as outras, sem maldades, novelas, filmes e o jornal”.
Conforme Dona Nininha, uma casa sem televisão “perde a graça”, e isso faz com que as pessoas fiquem desinformadas. “Sem TV fica tudo parado, não tem notícia de nada, não se vê nada.”
Ela não pretende mudar tão cedo de aparelho de TV. “A minha TV é simplezinha, das antigas, não é dessas novas que apareceram por aí, a minha é grossona, pesadona… Enquanto estiver dando para assistir é com ela que vou ficar”, brincou.
Entrevista: Intermídia Cidadã (Fundação Tide Setubal)
Texto extraído de: Feitosa, Deisy Fernanda. A televisão na era da convergência digital das mídias. Uma reflexão sobre a comunicação comunitária [tese]. São Paulo: , Escola de Comunicações e Artes; 2015 [citado 2018-07-25]. doi:10.11606/T.27.2015.tde-24112015-101553.)