Dona Irani gosta de novela (e não perde a novela das 8h), programas culinários e telejornais (“Para ficar por dentro das notícias.”). Ela defende, entretanto, uma maior curadoria no tocante às notícias exibidas: “O que a gente vê é tudo coisa ruim. O que passa é violência e já está tão difícil a coisa, a gente queria ver coisa boa”.
Apesar de, durante a nossa entrevista, termos constatado que dona Irani possui uma TV com tecnologia digital, ela não tinha conhecimento disso, embora já tivesse ouvido falar de TV digital. Quando decidiu mudar de televisão, disse que comprou a primeira que viu na loja, porque o aparelho era do jeito que ela desejava: “Tela plana, imagem limpa e grande. Imagens grandes pra mim é melhor”, conta.
Explicamos sobre a TV digital e suas vantagens, e ela ficou surpresa. “Eu não sabia, mas agora estou sabendo que a gente vai ter essas vantagens de participar, poder marcar uma consulta, como se a televisão fosse um computador”, comemora.
Entrevista: Intermídia Cidadã (Fundação Tide Setubal)
Trecho de: FEITOSA, Deisy Fernanda. A televisão na era da convergência digital das mídias. Uma reflexão sobre a comunicação comunitária [tese]. São Paulo: , Escola de Comunicações e Artes; 2015 [citado 2018-07-25]. doi:10.11606/T.27.2015.tde-24112015-101553.)