O Sr. Alberto diz estar cansado do que vê nos telejornais, mas que ainda os assiste porque precisa ficar por dentro do que acontece no Brasil. “Você vai assistir o jornal e em dez temas dois ou três te agradam, o resto é morte, é espancamento de mulher…”, reclama.
Ele critica as abordagens noticiosas que privilegiam pessoas de classes sociais e de alto nível acadêmico: “Quando a notícia é de um intelectual, de um político, de um homem cheio de divisas, essas notícias são contadas por parte. Agora, quando vem do pobre, do povão, aí é esculachado, falam até mais do que deveriam falar.”
Apesar das suas reflexões, Seu Alberto diz que ainda não perdeu as esperanças em relação à TV, e que sonha com algo diferente do que vê. Nesse perspectiva, ele nos conta como seria seu canal de televisão: “Teria programas românticos, que falassem somente de amor, poesias, histórias amorosas, várias histórias bonitas de amor que a gente vê em filme, pois acontecem na vida real. Nada de falar de quem matou, de quem roubou, de quem fez mal a alguém, só as coisas boas.”
Entrevista: Intermídia Cidadã (Fundação Tide Setubal)
Trecho extraí de: Feitosa, Deisy Fernanda. A televisão na era da convergência digital das mídias. Uma reflexão sobre a comunicação comunitária [tese]. São Paulo: , Escola de Comunicações e Artes; 2015 [citado 2018-07-25]. doi:10.11606/T.27.2015.tde-24112015-101553.)